domingo, 25 de dezembro de 2011

TWITTEI EM 2011 
Estava relendo o que escrevi no blog ao final de 2010.
Não quero repetir, mas bem que dava pra copiar e colar boa parte do texto.
Tenho essa mania de insistir, de tentar, até me acabar inteira ou desmaiar de cansaço – aí as situações se repetem também por minha própria vontade.
Vivi uma vida bem movimentada no twitter. Pulei de cabeça lá e claro me dei mal algumas vezes. Mas aprendi. É um mundo e como tal deve ser tratado.
E tenho muito a agradecer aos que eu sigo, por preencherem uma parte da solidão que habitou em mim. Mesmo sem saberem, a cada tweet que davam, eles me distraíam, faziam-me esquecer dos problemas. Rolava a telinha e ia me deixando levar... Polêmicas, bobagens, muita poesia, muita notícia, piadas, música, descoberta de Adele, o mundo ali...

Interagi , fiz “amizade” com alguns, com outros me chateei , como na vida.
Entendi que devo realmente dar um jeito em mim – ou eu aumento essa minha auto-estima ou nunca vou conseguir me sentir feliz.
Tem vida aqui fora e tem vida no twitter (ou facebook, ou Google+, etc).
Quando as duas vidas se encontram (o ser sai da telinha e vira “ao vivo”) tudo pode ser perfeito ou um estrago geral. E daí? E não é sempre assim?
Há que se ter o cuidado do primeiro encontro, preservar a segurança, até ter certeza de que pelo menos não é algum cafajeste, ou marginal ou demente.
Ou não – ficar somente na telinha se comunicando.
Nada pode ser imposto. Tudo tem que fluir na hora certa, com os seres certos.
E tenho que deixar registrado que tenho o maior respeito pelas pessoas que estão no Twitter também a trabalho – e mesmo assim ainda acham tempo pra se comunicarem . Que descobriram que ele é a maior mídia gratuita do planeta.
Então terminou 2011.
Lá vou eu de novo acreditar que 2012 será melhor.
Eu sempre vou acreditar...
E que me desculpem os que se acham perfeitos – podem continuar a apontar meus defeitos, porque eu os tenho. Mas tenho uma qualidade preciosa: sempre vou desejar o melhor pra você mesmo que tenha me magoado, me machucado. Jamais desejo o mal pra quem quer que seja.
Então, a todos que me acompanharam no Twitter em 2011, um abraço virtual carinhoso!
Adeus 2011 (já vai tarde...colei)
Venha 2012, porque quero continuar a viver!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

UFC – TÔ FORA!

Você sabe o que é UFC? É a abreviatura para "Ultimate Fighting Championship" ou Campeonato de Luta Final. Confesso que tive que procurar no Google logo que começou  a aparecer esta sigla em tudo que é rede social.

E por que resolvi escrever sobre isso?  Porque fiquei horrorizada ao descobrir o que era. Uma luta sangrenta, violenta e com uma platéia que grita comemorando mesmo presenciando o massacre de um ou de ambos lutadores.

Luta=agressão  - não é esporte!

E pra ilustrar esse meu comentário, um “atleta” quebrou, esta semana, o braço do “Minotauro” em uma luta de UFC em Toronto.





Ninguém pode gostar de ver estas imagens...

Qual é a diferença entre as barbáries das lutas no Coliseum de Roma e estas de UFC que acontecem nos canais de TV ? A única diferença é que em vez de Nero decidindo com o polegar quem vive, tem um juiz que impede que o outro lutador mate o oponente  (às vezes ele não consegue).

E resolvi também colocar esse vídeo do “atleta”  norte-americano Frank Mir quebrando o braço do outro “atleta” brasileiro Rodrigo "Minotauro" no UFC em Toronto no Canadá.
Desculpem-me o horror das cenas para quem abomina isso. Vamos analisar as cenas: reparem que ele só não arranca o braço do brasileiro (e poderia ser de qualquer outra nacionalidade, viu?) porque o juiz não deixa (e claro que ele ouviu e sentiu quando o osso quebrou)! Ah, eu estou sendo macabra? Não, eu simplesmente copiei e colei o vídeo (cortando um bocado de cenas). E o norte-americano em momento algum se vira pra saber como está o seu oponente – ele simplesmente se limita a comemorar.

Eu não vou pedir a você que não veja ou não divulgue este tipo de “esporte”.

Mas  peço-lhe que não leve, ou incentive, seu filho, seu sobrinho, seu afilhado, a ver e a gostar desse tipo de cena. Que pelo menos essa juventude que vem por aí tenha outro tipo de gosto.

Ou a gente evolui ou a gente evolui.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

CAFÉ DA MANHÃ COM PIMENTA 1


1 - CAFÉ DA MANHÃ COM PIMENTA

Bom dia! Acordei com a macaca.
Inaugurando o espaço “Café da Manhã com Pimenta” #cafedamanhacompimenta porque não quero morrer de gastrite psicológica.
Causa da gastrite psicológica = você engole (ouve ou lê) uma porção de coisas e não coloca pra fora (não responde ou não escreve).
E esses comentários a seguir não são pra uma pessoa específica, mas para o que tenho lido no twitter há alguns dias...
Estamos na era da execração do Sr. Twitter! Os twitteiros são sem inspiração, repetitivos, sem graça, sem opinião, sem cultura...alto lá!!! EU estou no twitter. Percebeu?
Agora tem gente que ama o FACEBOOK, ama o GOOGLE+, e despreza o TWITTER.
Pra gostar de algo precisa mesmo menosprezar, ofender, diminuir os outros, ou aquilo que os outros gostam e você não?
As redes sociais são é um belo de um exercício de convivência coletiva. Tem todo tipo de gente, e que bom que quase todos estão tendo o direito de usar a internet.
Ou você acha que tem pessoas que não tem o direito de ter um computador, ou uma internet, ou um perfil em uma rede social? Isso também é preconceito.
Você que acha que não tem preconceitos, mas critica a falta de cultura das pessoas, ou o fato de não escreverem tão bem, isso é o quê? É preconceito.
Vamos ter um pouco mais de delicadeza com o próximo, não precisa amar, mas respeitar!

Quer saber? Se você não gosta do twitter é porque está seguindo as pessoas erradas, e pra isso tem solução: #UNFOLLOW (traduzindo: deixe de seguí-las)!

Acabou o #cafedamanhacompimenta .

domingo, 16 de outubro de 2011

#qualofilmequevoceviumaisvezesnavida ?

Aí vão as respostas dadas no Twitter (o número corresponde à quantidade de citações):
(3) Blade Runner, (2) O Poderoso  Chefão, (2) Cidade dos Anjos, Casablanca, 50 first dates, O Pestinha, Corina, Herói não tem idade, Bonequinha de Luxo, A Noviça Rebelde, Asas do desejo, The Pillow Book (O Livro de Cabeceira), Kill Bill, Match Point, Tomates Verdes Fritos, O Grande Dragão Branco, Difícil de Matar, O Conde de Monte Cristo, Curtindo a vida adoidado, Drácula de Bram Stoker, Mais estranho que a ficção, Os Suspeitos, Star Trek, O último samurai,O leitor, Crash - no limite, A Hard Day's Night, Comando para Matar, Back to the future, Encontro Marcado, Ensaio sobre a cegueira, Sob o sol da Toscana, Forrest Gump, Ben-Hur,  3 Bourne, Deja vu,  Além da vida, Encontro Marcado , A Casa do Lago, A Lagoa Azul, 1984, O Sexto Sentido, A Fantástica Fábrica de Chocolate - versão 1 e 2, Ghost do outro lado da vida, À espera de um milagre, Carrie a estranha, Titanic, Inteligencia Artificial, Amélie, 500 Days of Summer, Save Ferris, Cinema Paradiso, Herói não tem idade, Rat Race, Ocean's 11, Legally Blonde, Miss Congeniality, The Parent Trap, Gia.

Tantos filmes, tão diferentes entre si,  como as pessoas a quem eu sigo e/ou me seguem.
Mais uma certeza que é possível conviver com as diferenças :)
 
Qual o filme que você viu mais vezes na vida?
A pergunta me intrigou em um dia em que estava numa locadora e deu vontade de alugar um filme que já tinha visto. Por quê?

Talvez para tentar achar novos detalhes que passaram despercebidos anteriormente.
Talvez para repetir deliciosas sensações.
Talvez para reavivar a memória, as lembranças da época em que vi o filme.
Talvez simplesmente para repetir, para tentar novamente.

Talvez todas as respostas estejam corretas.

Talvez...



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O Livro

Acordo de madrugada, apavorada.
Pesadelo esquecido mas aterrorizante e com efeitos de insônia iminente.
Corajosa, ergo-me, apesar do frio, do cansaço e dirijo-me ao escritório – procurar a companhia dos livros.
Outro susto !
Um livro caído, aberto, escrachadamente indefeso no chão.
Olho para os lados, mas ninguém está ali. O sono inocente da gata a absolve de qualquer culpa.
Com delicadeza imensa, recolho em minhas mãos e começo a verificar os danos.
O corpo gela, faltam páginas. Um espaço enorme entre a página 46 e a 52.
Quem foi?
Foi o vento, uma tempestade, algum efeito sobrenatural?
Choro pelas páginas perdidas – será que conseguirei lembrar-me do que estava lá? Quem poderá ter lido antes de mim?
Ele está pousado em meus braços, esperando uma iniciativa, um gesto, algo.
Um livro aleijado. Mas vai se adaptar e passar despercebido no meio de todos aqueles livros perfeitos.
Recoloco-o na estante em um lugar de destaque pra me lembrar: melhor abandonar a maleabilidade da brochura e emoldurar com uma capa dura, bem dura. Reforçar a estrutura é o único jeito pra não desabar.
Apago a luz e deixo-o lá, aguardando o dia amanhecer....

sábado, 23 de julho de 2011

Uma estrela brilha, outra se esconde...

Uma estrela brilha, outra se esconde...
Adele Laurie Blue Adkins-05/05/1988 - Amy Jade Winehouse-14/09/1983


As semelhanças começam aqui: 

Adele, Amy – os nomes começam com a mesma letra. Ambas nasceram na Inglaterra.

As duas estudaram e se formaram na mesma escola: The London School for Performing Arts & Technology

São excelentes cantoras e compositoras para o meu gosto musical.

Amy já lançou dois albuns, o primeiro Frank de 2003, o segundo, de 2006, Back to Black com seis indicações ao
Grammy Awards dos quais venceu cinco.

Adele também já lançou dois albuns, o primeiro “19” de 2008 e o segundo “21” de 2011; em 2009  teve 4 indicações ao Grammy e venceu duas.

"Rehab"  de Amy ficou em 10° lugar entre as mais tocadas da Billboard em junho 2007.

"Chasing Pavements" de Adele ficou em 11° entre as tocadas da Billboard em dezembro de 2008.

Aqui as duas cantaram no mesmo show em 2008 de Mark Ronson, tão longe, tão perto http://www.youtube.com/watch?v=E4CNsJLmQPs

As semelhanças terminam por aí.

As vozes de Adele e Amy são totalmente diferentes, estilos diferentes em letras e músicas.

E as carreiras seguem caminhos diferentes.

Amy é perseguida pela mídia, ávida por expor sua fragilidade perante as drogas lícitas (o álcool) e as ilícitas (cocaína). O palco se transformou numa saga pra provar que ainda pode cantar sem desabar , desafinar e para rechear os bolsos dos supostos agentes que não se preocupam nem um pouco em resguardá-la dos vorazes traficantes e das más companhias. O álbum prometido desde 2010 não saiu. Excursões, que nem deveriam ter sido contratadas, ou deixam a desejar ou são canceladas. Os fãs procuram por notícias mas não há mais entrevistas ou aparições públicas para que possamos ter uma ideia de como ela está. A estrela se esconde...

Adele encanta a mídia com sua doçura e simplicidade, e deixa fãs cada vez mais apaixonados a cada aparição – e o número deles aumenta a cada dia. Cantoras com anos de estrada e de sucesso declaram abertamente sua paixão pela artista, como Beyoncè e Alicia Keys. O palco, simples, com uma banda e coral perfeitos e no mesmo compasso envolvente de suas músicas, se tranforma numa confortável sala de visitas para receber quem quiser se maravilhar. A cada performance de Adele descubro algo novo em sua voz, nas letras, em sua música. A estrela brilha....

Sergio Martins, da coluna Música da revista VEJA falou sobre as duas em 2011:
Edição 2198:
“Amy é um talento genuíno. Seu trabalho reflete o melhor do pop e da música negra dos anos 60, combinado a uma levada jazz muito própria de sua voz grave e espessa.”
“Os escândalos fazem parte do folclore de Amy Winehouse, sem dúvida uma das mais exuberantes personagens da música contemporânea. Acima de tudo, porém, ela é uma cantora excepcional.”
Edição 2212:
Sobre Adele: “Entre o expressivo contingente de cantoras britânicas com influência de soul music, integrado por Amy Winehouse, Duffy e Joss Stone, ela é hoje a que de fato tem mais potencial artístico. E menos tendência ao vexame público.”
Pra finalizar a última semelhança: duas cantoras e compositoras que tomam minha mente, meus ouvidos, meus olhos em atenção absoluta a cada acorde, a cada timbre, a cada som que emitem...sou fã das duas. Meu sonho é que talvez um dia cantem juntas ou componham uma música juntas para meu puro deleite.

Que as estrelas se encontrem! Que brilhe a música!

 

sábado, 4 de junho de 2011

Brevíssimo Tratado Sobre a Saudade

Brevíssimo Tratado Sobre a Saudade

Houaiss: saudade = sentimento melancólico devido ao afastamento de uma pessoa, uma coisa ou um lugar, ou à ausência de experiências prazerosas já vividas.

Saudade, que frequentemente usa-se no plural; saudades, é uma palavra que como substantivo, que eu saiba, só existe em português.Em inglês, usa-se “miss”, em italiano “perdere” e em francês “manquer” (todas derivações de um verbo).

Vivemos em uma realidade onde tudo é muito rápido e felizmente ou infelizmente, os relacionamentos também.
Diante de tantos sites de relacionamentos, deveríamos estar cercados por inúmeros amigos, todos deveriam ter um parceiro (a) ou namorado (a) e ninguém que tivesse um computador e uma internet deveria estar só.
Óbvio que há que se ter cuidado, pois o virtual pode ser absolutamente irreal e/ou falso.
Parece estranho esse meu raciocínio?
Talvez seja.

Mas o que a saudade tem a ver com isso?

Tem-se a tendência de achar sempre que o que passou foi melhor. Os amigos que deixamos pra trás foram os melhores, o último namorado foi o que mais lhe amou, mesmo que tenha lhe dado o “belo” presente da traição, e por aí vai.
Esse tipo de conduta, ao gerar comparações esquisitas e injustas, faz com que os novos relacionamentos sintam-se desconfortáveis, por jamais poderem alcançar ou preencher o lugar dos que se foram.

Confesso que eu não sou assim, e não é por ser a dona do blog que digo isso.
Talvez vocês não percebam, talvez eu esteja exagerando, talvez eu seja muito sensível.

Sentir saudades é natural, mas viver do passado não é saudável.
A cada vez que alguém querido sai da nossa vida, deixa um vazio, uma sensação de dor , de falta, de tristeza, que toma conta da mente, mas não pode tomar conta da vida da gente.

O hábito de ficar de braços cruzados impede abraços.
O sorriso, a delicadeza, o trato carinhoso, cria novas conexões, novos relacionamentos, novas experiências, que começam e continuarão pela iniciativa do “querer”.


domingo, 24 de abril de 2011

Monólogos de domingo - I

                       Monólogos de domingo I
(twitter 03/04/2011)
 “What it comes down to, ultimately, is love. How can anything bad come out of love?” Elizabeth Taylor ____________________________________________________

Como pode algo ruim sair do amor? Esta frase e o filme Luzes da Cidade de Charlie Chaplin, que vi ontem, se completam;
Se é amor, tem que se fazer tudo para que o outro ser se sinta bem, viva bem, mesmo se for sem você - isto é o certo;
Como pode alguém amar e agredir a pessoa amada, deixá-la constrangida, dificultar tudo à sua volta?
Pessoas entram em nossas vidas pelos mais diversos motivos, e se despertarem o sentimento do amor, sinta-se privilegiado;
Seja que tipo de amor for, e há diversos, sempre serão fontes de energia que lhe ajudarão a crescer, evoluir.
Então, viva o amor (viva no sentido de viver e no sentido de saudação)!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pausas Absolutas

*Pausas Absolutas*
Prestar atenção nos detalhes de tudo o que acontece ao redor, é instintivo em mim.
Quando vejo, já está acontecendo...
E esse hábito, às vezes, cria situações inusitadas que acabei por inserir em meu vocabulário com o nome de “pausa absoluta”.

Pausas absolutas são aqueles momentos, frações de segundo que antecedem algo de bom, em que eu congelo tudo ao redor. Óbvio que só vou falar dos bons momentos - deixa a tristeza pra lá.

Pausa absoluta: é o silêncio do “clique” da captura da máquina fotográfica mental daquele momento, que ficará gravado em minha alma, eternamente.

 Sou, ao mesmo tempo, a diretora, a atriz, a plateia.

 Nesses momentos de pausa, não há desespero ou tristeza e os sons desaparecem.

Em vez de explicar, melhor mesmo é “mostrar as fotos ou os vídeos capturados”.

1 - Naquele momento onde me encontro absolutamente mergulhada no prazer da entrega ao ser que compartilha o mesmo, a respiração acelerada, tudo envolto em êxtase
* (pausa) de repente parar tudo, no maior sofrimento, todos os movimentos, e olhar nos olhos e sorrir, gravar o rosto com a expressão do prazer na memória... e depois continuar até terminar;

2 – No aeroporto, ou rodoviária, estou partindo, deixando alguém lá atrás, sem poder fazer nada... e antes de embarcar,
* (pausa) paro, me viro, e lá está, olhando pra mim... registro, suspiro, me viro novamente e continuo, levando comigo aquela presença, aquele olhar;

3 – Acordar atrasada, correr para o banho, escolher qualquer roupa, e na cozinha encher a xícara de café e em vez de virar todo o líquido de uma vez,
*(pausa) parar a  xícara, em frente à boca, e sentir o aroma inebriante e deixar a mente se encher de nada ou de lembranças mil e após segundos infinitos, beber todo o conteúdo com prazer;

4 – Tentando acreditar que é preciso arriscar, insistir, e decidir mandar uma mensagem de celular, ou DM no twitter,
* (pausa) espero sem piscar, olhando para aquele visor de vidro, ou tocar o som ou acender a luz da resposta chegar, dizendo um “sim” ou qualquer coisa nem que seja um simples : )

5 – Voltando pra casa, à noite, estrada cheia, chuva caindo, de carona, o motorista cochila, o carro roda 180 graus, atravessa a pista contrária, e tudo pára nesse momento,
*(pausa) enquanto ele gira; o que fiz de marcante na minha vida, vem à mente; totalmente entregue ao destino,  não rezo, não dá tempo; aí volto a respirar – o carro parou na outra pista, ao contrário e nada aconteceu,  sorrio, mais uma oportunidade de continuar.

E nesse exato momento uma pausa absoluta: paro os dedos sobre o teclado, aguardando as palavras pra terminar.
Conhece alguma que acontece(u) com você?

segunda-feira, 14 de março de 2011

Engolindo Palavras

Engolindo Palavras
Acordei assim, cedíssimo, com vontade de falar. Passei o dia assim, sem ter coragem pra falar e aí engoli as palavras.
Mas sempre fiz isso. Quem dera ter coragem pra falar.
Palavras engolidas causam uma revolução interna de sentimentos, pensamentos, e me deixam ansiosa, com pressa pra tudo.
Escrever foi e é uma solução paliativa – espero que pelo menos me acalme.
A urgência de tudo, vem das tragédias que são vividas “at the same time”, “on line” e invade minha cabeça com um único pensamento: não tenho tanto tempo pra esperar!
A vontade de dizer o que sinto, o que me deixa feliz, o que me atrai, o que me assusta, o que me faz querer, o que me faz triste, brota com a força de um vulcão – e aí vem o medo de assustar. Vulcões são assustadores, eu sei.
Medo de não me compreenderem. A falta de intimidade, a invasão de privacidade, a falta de tempo, alteram o significado das palavras. E quando somente se escreve as palavras, a coisa fica bem pior.
Tente escrever pra alguém que você gosta:
- "Não, eu já disse que não!" (soou agressivo, não foi?)
Agora tente dizer, com um olhar doce e uma voz bem melosa a mesma frase. (pode até soar como um convite de sim, não é?).



Para se alcançar a comunicação quase perfeita tem que existir a voz, o olhar, talvez o toque...
Óbvio que vivendo neste tempo agora, onde ninguém tem tempo a não ser para trabalhar, temos que usar outros meios de comunicação que se encontram à nossa disposição. Eu, por exemplo, adoro receber e mandar “msg” através do celular. Adoro me comunicar com as pessoas através do “twitter” e interagir através da troca de "emails", já que ali não haverá a limitação dos 140 caracteres.
O “blog” é pra defumar meu ser, purgando os pensamentos, os desejos, em palavras escritas.
Dizem que o planeta alterou sua inclinação em 11/03/2011. Algo mudará nas áreas costeiras de todos os países, e em nosso ponto de equilíbrio. Teremos que nos ajustar, nos adaptar, sem perder o objetivo principal que nos move – viver bem!
Espero encontrar logo o gancho para iniciar a conversa...quero abandonar a figura do vulcão e transformá-la na fonte que flui lentamente - água fresca e límpida.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Earth?

Ser uma pessoa boa é ser fake.
(fake = falso)

Ser honesto é raro.

Eu não gostar de falar palavrão é excesso de moralidade, mesmo que eu não me importe que os outros falem.

Eu não gostar de bebida alcoólica, mesmo que não me importe que os outros bebam até cair e/ou dar vexame, é brega.
(brega = Que tem gosto duvidoso ou de mau gosto; cafona)

Eu não querer cheirar cocaína ou fumar maconha em festinhas de amigos é um comportamento esquisito.

Eu não rir das piadas de mau gosto de alguns perfis fake (fake você já sabe o que é) no twitter, ridicularizando artistas aos quais devemos o maior respeito, é não ter bom humor, é ser rígida demais. Aliás, todos devem ser respeitados, sejam artistas ou não. Se você não acha nada demais fazer piadinha com a mãe dos outros, faça com a sua!

Ser uma pessoa sensível é chato.

Não querer usar a lei de talião é incompreensível.
(lei de talião =  é o famoso olho por olho, dente por dente, ou toma lá, dá cá)

Pedir “por favor”, virou sinônimo de obrigar a pessoa a fazer algo que ela não quer fazer. Mandar já é legal.

Para mim o que é indecente é o comportamento dos jovens que agridem mendigos, crianças, idosos, homossexuais, e não serem punidos, pois são pessoas inocentes, primárias, geralmente de famílias de classe média alta.  Para mim eles são bestas humanas e não acho nada “cool” esse divertimento que geralmente é praticado com uma turma de amigos.
(cool = contrário de brega, tudo que é legal e está na moda)

Para mim é inadmissível ninguém ceder o lugar quando entra um(a) senhor(a) de idade ou uma mulher grávida em um ônibus. Um dia eu pedi para meu sobrinho  que cedesse o lugar dele sempre que ocorresse essa situação, e surgiu este diálogo:
- mas por quê tia?
- porque o idoso tem menos força pra se segurar dentro de um ônibus em movimento e pode cair e se machucar, e a grávida está com o peso dobrado pois carrega outra pessoa e pode acontecer o mesmo, e aí serão duas pessoas a se machucarem.
Ele me olhou, deu um sorriso e disse: agora entendi.
Eu quero que ele entenda também que há uma explicação para agir corretamente.
Nunca digo simplesmente “não pode”, ou “porque não” para alguém que por forças das circunstâncias é dependente meu naquele momento.

Para eu dizer que sou uma pessoa boa, tenho quase que me ajoelhar e pedir mil perdões por estar dizendo isto. E quando digo, como disse no início, soa falso; tem sempre alguém de “rabo de olho” esperando um deslize meu pra provar o contrário. Óbvio que ser legal não quer dizer que não erro! Viu como estou me explicando?
Não estou fazendo auto-promoção, porque na minha profissão isto não é necessário e não me ajuda em nada.
E escrever como eu sou, nunca será o suficiente – será preciso conviver comigo para me conhecer, assim como com todas as pessoas.
(E se mesmo convivendo anos e anos comigo, ainda não sabe quem eu sou, não vale à pena nem me ler, nem me ver e nem me ter!)

Estou aqui expondo que a ordem dos valores hoje em dia, anda muito, mas muito alterada mesmo. Perdeu-se a noção do que é certo e do que é errado.

Não posso acreditar e aceitar que a lei só será cumprida se houver a prova material do vídeo gravado em câmeras de circuito interno ou de algum celular.

E eu não quero e não vou acreditar que as coisas mudaram pra pior.
Eu não vou entrar nessa não.
Esse ritmo eu não danço.
Esse planeta aí está com a rotação errada:
- Para o mundo que eu quero descer!