terça-feira, 19 de janeiro de 2010

DOCES GESTOS


DOCES GESTOS

Meio de janeiro, coração triste, cansado, desesperançado.

Mês de aniversário: quero presente, e preciso. O quê? Vinil, cd, filme....”queria descobrir em 24 horas tudo que você adora...” Ouço no rádio e decido, ver Zélia Duncan. Correria danada, acessa internet, liga pro teatro, ingressos acabando, nunca finalizo a compra, enfim consigo.

Sábado à noite rumo certo, Rio de Janeiro, noite de estrelas e de brisa suave em pleno verão escaldante.
Teatro pequeno aconchegante, eu me envolvendo pela atmosfera de fãs, família, amigos, presentes. Todos ali esperando.

Ah, ela entra. Roupa linda, leve, solta, como ela.
Músicas vão se sucedendo, em ritmos alegres, intensos, profundamente apaixonadas, coladas em risos e sorrisos constantes.
Que fase da lua é? Fase crescente, brilhante.

Ela dança, ela samba, ela interpreta, ela recita, ela canta, ela toca, ela toma conta do pequeno palco e de todos nós.

Versões de canções esbanjando rimas ricas. E em todos os verbos sinto e pressinto energias me envolvendo diante de gestos tão doces, tão lindos.

Voz sublime, afinadíssima, segura. Artista. Cantora. Completa.

Entrei triste, saí iluminada e energizada pelo resto do ano.
Obrigada, Zélia.
Minha reverência respeitosa para você.

(em homenagem ao show de Zélia Duncan, Teatro Rival, janeiro/2010)