domingo, 19 de dezembro de 2010

2010, já vai tarde!

2010, já vai tarde!

Eu sei o quanto é chato ficar lendo em tudo que é blog sobre o ano que está terminando.
Blogs são feitos para purgar pensamentos que ficam obstruindo as veias, e não deixa mais nada pulsar; é preciso transformá-los em palavras para dar lugar a outros sonhos - por isto, perdoe-me, preciso escrever.
Este ano de 2010, que será “esse” logo, logo, foi um dos piores anos da minha vida.

Deixei de usufruir das minhas aulas de inglês e de pillates, que adoro.
Deixei de fazer muitas coisas que gosto.
Deixei um pouco minha vida, pra lá.

Já comecei sabendo que seria ruim, pois fui alçada a um cargo de chefia que não queria. Horários alterados, rotina diária alterada, relação tumultuada entre colegas e cansaço aumentado. Não sei mandar ou pedir – gosto de fazer, então sou uma péssima chefe. E dizer o que está errado, me deixa mal, então não sirvo pra ser chefe.
Já sabia disso, mas fui escolhida assim mesmo.
Ano que vem volto às minhas funções normais e volto a ser mais normal.
Péssima experiência.

A saúde também sofreu com as intempéries. Hoje enxergo menos, mas observo mais. Agora quase que já posso me alimentar normalmente, graças a intermináveis tratamentos dentários.

E sofri vários tombos. Levantei-me de todos eles, e tentei e tentei, mas todo o esforço só me rendeu joelhos, cotovelos e coração esfolados.
Estranha sensação esta de ter que provar pra alguém que você é uma boa pessoa, que não está mentindo, que realmente quer ser feliz “com”.
Brincando no twitter com a Rita Lee, acabei recebendo uma resposta séria que me aliviou por saber que alguém pensava da mesma maneira que eu, sem ter a mínima idéia de toda a situação.

[@LitaRee_real “@Ela_TVM : o que fazer quando vc pede pra pessoa que vc gosta não fazer o que vc não gosta, e ela continua fazendo?” Ela ñ gosta d vc]

Então passei o ano de 2010 pedindo, pedindo, e recebendo muito pouco ou quase nada.
Houve fatos bons também, mas foram tão poucos que nem consigo me lembrar.

“Parênteses”: a minha Tuli (a gatinha) é exceção – continua participando ostensivamente no meu humor, sempre melhorando-o e me lembrando a cada manhã que é preciso sorrir.

Nada que consegui até hoje na minha vida foi fácil.
Sempre tive que lutar. Mas para lutar “por” é preciso que o outro queira receber – não foi o caso: saí pra me recuperar e curar os machucados.

Gosto de lutar porque gosto de viver.
Por isto, 2010, já vai tarde!
E então prepare-se 2011, eu estou em vantagem em relação a você: já comprei minhas luvas de boxe.

Amar