sábado, 30 de outubro de 2010


CARTAS PARA ADRIANA

Prólogo:

São mesmo cartas para Adriana (nome fictício ou não). Não são para Cicrano ou Beltrano, portanto se achar que estão endereçadas a você, é por sua conta e risco.
Nem sei se seria correto usar o título no plural, pois não estou assumindo nenhum compromisso em escrever outras. Talvez tenha sido para firmar direitos autorais caso resolva escrever um livro. Espero ter coragem e ânimo para escrever outras, se algum dia souber que ela, Adriana, as leu.

Capítulo 1 (e único)

Adriana,

Aprendi nestes últimos dias (agora meses), através de sua vida, que é possível a existência de um amor tranqüilo e intenso.
Esta sua fisionomia de equilíbrio, de paz interior, talvez tenha sido adquirida após lutar inúmeras batalhas.
Não sei muito de sua vida, mas imagino.
Você desfila pelo caos deste mundo como se estivesse andando sobre o mar.
Suas palavras, com ou sem som, imprimem frases em minha mente, organizando idéias e sentimentos.
Estas mesmas palavras criam em mim, compartimentos lógicos, fáceis de abrir para consultas imediatas.
Apesar desta sua calma imensa que exala, as atitudes são firmes, exatas, claras.
Fico feliz que esteja feliz.
Fico feliz que seja feliz.
 Você encontrou o amor que merece.
Teve a sabedoria de percebê-lo há muitos anos atrás. Um amor protegido de tudo e de todos – sagrado.
Se soubesse seu endereço teria enviado orquídeas plantadas, que duram uma eternidade quando bem cuidadas.
Talvez você nem entenda a ousadia de estar lhe escrevendo. Qual seria a motivação?
O amor, desse jeito assim, que vi. O ato em si, de dizer sim.
Agora compreendo.
Agora acredito num amor assim.

Receba, respeitosamente, meu carinho, meus votos de continuidade de uma vida feliz, e virtualmente, as orquídeas da minha varanda (pra vocês).
Beijos e fim.