quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Abstrações

Abstrações
(desculpem tantas rimas)

Já não tenho mais tantos curativos nos braços, nos joelhos, no corpo.
Já não caio mais. Quando sinto abalos, me deito e espero passar. Ou encho minha cabeça de assuntos ou me equilibro ouvindo a vida alheia.
Engulo filmes, viajo em filmes, descubro personagens gêmeas de mim, e vou vivendo neles e fora de mim.

Procuro caminhar agora sempre olhando em frente...está passando o medo de tropeçar.
Consigo dormir, consigo sonhar, consigo acordar sorrindo quase todos os dias.
Descobri que relevar é o verbo desta minha existência neste planeta. Cansa, e muito, conjugá-lo, mas preciso sobreviver.
A sensibilidade extrema, causadora dos meus ferimentos, não é uma doença, por isto não tem como curar.
Deixa pra lá, sou assim, e não quero mudar.
Posso até me arriscar a correr – logo, logo vou poder voar.